Uma vida boa constrói-se com boas relações...
Chegou-me há
poucos dias ao correio electrónico um vídeo que me deixou a pensar, sobretudo
pela clareza das conclusões a que se chega. O título deste trabalho resume bem
o que nele se diz.
Trata-se de
uma inédita e inaudita investigação da Universidade de Harvard, que há 75 anos
começou a acompanhar 729 homens, a que mais tarde se juntaram as esposas,
pessoas dos mais variados meios sociais de Boston, a quem anualmente se
dirigiam para lhes fazer perguntas sobre a vida e os sentimentos que iam vivenciando.
Ainda hoje acompanham os 60 sobreviventes, na casa dos 90 anos.
"Festa e família" ainda é melhor! |
Este inquérito
visava estudar as pessoas desde a adolescência e verificar o que as mantém
felizes e saudáveis.
Essas pessoas começavam por falar dos seus desejos mais
profundos e referiam a importância do dinheiro, da fama, de um bom
emprego/trabalho para serem felizes. Mas, pouco a pouco, os investigadores
notaram que a tónica da felicidade e de uma vida saudável passava para outros
valores.
E chegaram a três conclusões:
1 – São os bons relacionamentos que mantêm as pessoas
felizes;
2 – É a qualidade dos relacionamentos, e não o estado do
colesterol(?), que prolonga a saúde e a felicidade dos 50 para os 80 anos.
Quanto maior for o nível da relação com a família, os amigos e a comunidade,
mais certo será o nível de felicidade;
3 – A qualidade dos relacionamentos também influencia a
própria saúde física, dando exemplos com o cérbero que fica mais protegido, as
memórias mais preservadas e mesmo com implicação directa na dor física: esta
aumenta emocionalmente se o sujeito possui relacionamentos difíceis com os
outros, conduzindo a um maior declínio da memória.
Momentos de felicidade familiar |
Bem, agora ficamos a
pensar que ninguém é feliz, pois todos temos as nossas zangas, as nossas
birras e até os nossos silêncios de desprezo pelo outro, mesmo o mais próximo.
Mas não… O estudo
aprofunda a questão e conclui que não são esses momentos negativos esporádicos
que nos roubam o gosto e a felicidade de viver. Os relacionamentos bons são
aqueles que nos levam a contar sempre com alguém, amigo ou familiar, que nos
acode em dias de necessidade, em dias em que precisamos mesmo de uma mão amiga.
O estudo conclui que uma das maiores asneiras da vida é
perder a relação com os amigos, os familiares, até os próprios filhos, por
vezes por questões menores. A sensação de azedume, de vazio, de solidão que se
segue não é compatível com a felicidade pessoal.
Por isso, o estudo termina aconselhando a um esforço de
aproximação dos outros (ex. passar colegas de trabalho a companheiros, trocar
horas de TV por tempo com pessoas…).
A última afirmação dizia mesmo: olhem que o tempo que temos,
mesmo com 100 anos, é curto e há que aproveitá-lo bem. No dizer de Mark Twain:
«Só há tempo para amar e mesmo este é
curto!».
E mais nada digo.
Num dia claro tu podes ver para sempre! |