sábado, 7 de outubro de 2017

UM NOVO ANO


O ano escolar marcou sempre a minha vida, mais que o ano civil. Foram muitos os anos como aluno e como professor, o que provoca alterações de percepção nas vivências diárias.
Por isso, chegado a Outubro, parece que é tempo de renovar projectos, olhar mais para a frente, decidir como se vai viver cada dia... Nunca fui pessoa determinada a cumprir horários à risca, de modo a ter sempre a corda esticada. Sempre optei por uma certa dose de lassidão, para não perder o gosto de viver, a alegria dos momentos de contemplação ou o sabor do «dolce far niente»! Ainda para mais agora, já perto dos oitenta, quando até o físico convida mais ao repouso, a algum torpor, sem falar já dos achaques que sobrevêm repetidamente sem os conseguirmos dominar com facilidade...
Este ano então foi mesmo excepcional. Partem-se braços em queda abrupta, atacam-nos as ciáticas, gastam-se horas e dinheiro em hospitais, dentistas, osteopatas e quiropráticos, que são coisas de nos tirar a paciência e boa disposição... Mas, enfim, sobrevivemos, o que é muito bom... E vontade não falta para deslocar o olhar destes polos negativos e fixar sobretudo o lado brilhante da vida, que nos dá mais sabor!
Assim, continuando na disposição de colaborar com os outros, pertencer à comunidade, já me vem à cabeça a preocupação do que hei-de propor para as aulas de Português na Unisseixal, por exemplo. Naturalmente, a prática do ano anterior vai ajudar, sobretudo para não ir para além da chinela, pois as pessoas querem sobretudo viver momentos felizes e bem-dispostos, aprendendo por gosto e com gosto, sem forçar demasiado.... Vou olhar para a avaliação dos meus alunos, nas críticas e propostas que me fizeram, e apresentarei temas para eles me dizerem depois como vamos viver aqueles interessantes 90 minutos semanais.
Vou reduzir as minhas aprendizagens, ficando apenas com a ginástica duas vezes por semana, para poder sair de vez em quando e gozar um pouco mais. Assumo também dar uma ajuda aos alunos pobres no Café Cristão, em explicações aos 2.º e 3.º ciclos. E vou participar também no apoio ao “site” da Unisseixal, que a Luísa Bernardo precisa e merece a ajuda de muitos.
Quero ler mais, sair de casa mais vezes para passear, ir ao cinema, a exposições e mesmo frequentar cursos outros que me elevem os conhecimentos.
O grande plátano de Portalegre, símbolo de vitalidade...
O apoio familiar é uma preocupação diária, assim como é diária a atenção ao blogue ANIMUS SEMPER, de que sou responsável junto da associação dos antigos alunos dos seminários.
E chega para me encher os dias...
Viver em tranquilidade com as minhas amizades – um voto, um lema, um imperativo.
VIVER A VIDA...

António Henriques

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